Muito além da conjunção Marte-Saturno

Temos um grande sinal de alerta logo depois do intenso eclipse do Sol. É o encontro de maléficos. Isso, gente: Marte e Saturno vão dançar de rosto colado nas profundezas de Peixes. Oh, não: o que isso quer dizer? Vamos ver com mais atenção.

Será que um Kraken vai emergir desta conjunção em Peixes? (Shabinh/Pixabay)

Nada de pânico. Marte e Saturno são considerados maléficos porque, em sua expressão mais inferior, esses planetas podem representar aborrecimento, atraso e muito sofrimento. Marte é o deus da guerra, rege sangue, agressão em geral, violência, distúrbio e todo tipo de confusão. Saturno é o Senhor do Carma, dos limites, da responsabilidade, dos compromissos, da depressão, de tudo que é cinza e chato.

Juntos, eles têm um ar extremamente militar. Aliás, esta conjunção se apresenta frequentemente em pessoas que ingressaram na carreira militar ou têm uma vida ditada por uma disciplina rígida como um militar. Em Peixes, podem se referir a capelães, que têm duas disciplinas a cumprir: a dos militares e a da Igreja. Marte-Saturno fala de uma energia disciplinada e rigidamente estruturada.

No palco do mundo, esta conjunção em Peixes sugere que podemos ver alguma ação militar no mar nos próximos meses. Não é como se não tivéssemos conflitos armados perto do mar, então é uma probabilidade que aumenta com o eclipse solar de segunda-feira. Podemos ver também ondas destrutivas (tsunamis), enchentes catastróficas, poluição ou venenos em águas. De brincadeira, um astrólogo americano citou: “É quando o Kraken vai surgir!” Amei a metáfora e usei na ilustração.

Falei bastante sobre algumas dessas possibilidades (não o Kraken, claro) assim que Marte entrou em Peixes, ainda em março. Antes da conjunção ficar exata, eu me lembrei dela (ou ao menos de Marte em Peixes) quando aquele barco derrubou uma ponte em Baltimore, nos Estados Unidos. Afinal, foi uma estrutura (Saturno) numa água (Peixes) sendo destruída (Marte). Também mencionei especificamente esta conjunção quando Marte entrou em Peixes, por isso acho que vale a pena reler o post:

Contudo, outra possibilidade (mais agradável, por sinal) para esta conjunção em Peixes, a primeira, pode nos sugerir que iniciemos (Sol em Áries) uma prática (ação, Marte) espiritual (Peixes) disciplinada (Saturno). Esta é uma excelente oportunidade para isso, porque vamos precisar. Só vou lembrar a todos que estamos vivenciando uma série de eventos astrológicos que parecem ser indicadores de imensas mudanças em nosso tempo.

Já sabíamos que os tempos estavam mudando muito antes da pandemia, mas a conjunção Saturno-Plutão em Capricórnio que ficou exata em 12 janeiro de 2020 foi o sinal claro da transformação. Sabíamos que viria algo grande, e provavelmente foi a pandemia vivida durante dois anos. Então o próximo grande evento seria a entrada de Plutão em Aquário, mas ela foi precedida pela Grande Conjunção Júpiter-Saturno já em Aquário em dezembro de 2020. Esses planetas encontram-se regularmente há 20 anos, inaugurando um novo Zeitgeist a cada encontro. Só que fazia 200 que esta conjunção acontecia em signos de terra. Então foi inaugurada a Era do Ar. Mais do que isso, Júpiter e Saturno não se encontravam em Aquário há 800 anos! É histórico ou não é?

Mas tem mais! Plutão entrou em Aquário, mas em 2024 ainda volta rapidamente a Capricórnio antes de entrar no signo definitivamente até 2044. Serão mudanças lentas, mas já tivemos o choque da Inteligência Artificial logo em 2023. Corta para 2024: tivemos o equinócio de Áries em 20 de março, logo em seguida um eclipse lunar em Libra muito poderoso, para entrarmos no Abril do Drama (merece as maiúsculas).

Abril do Drama

Logo em primeiro de abril (e não era mentira), Mercúrio entrou retrógrado. Uma semana depois, um megaeclipse total do Sol em Áries, e dois dias mais tarde, a conjunção Marte-Saturno em Peixes. Detalhe: se a conjunção Marte-Saturno sempre é perigosa e arriscada, ela se torna muito mais após um eclipse em Áries, que é regido por ninguém menos que este Marte. Mas não é só isso, como diz a Polishop. Alguém aí se esqueceu que teremos uma conjunção Júpiter-Urano em Touro no final do mês? Pois é. E como desgraça pouca é bobagem, no mesmo dia da conjunção Júpiter-Urano, temos um cometa vindo do espaço profundo, um que só aparece a cada 71 anos, dando ainda mais instabilidade.

Respiremos fundo. Há determinados momentos no tempo em que temos indicadores múltiplos de mudança se acumulando num período muito curto para marcar um ponto de inflexão nos eventos do mundo. Da física, lembro que pontos de inflexão são aqueles pontos a partir dos quais todos os parâmetros mudam, os paradigmas são substituídos.

Então, se tivermos planos ou quisermos planejar coisas, é melhor nos prepararmos para muito (muito mesmo) caos. Haja flexibilidade, ainda mais com Mercúrio Rx. Vamos exercer nossa adaptabilidade, porque não será agora que poderemos instaurar novos padrões. O terreno está muito instável, e o controle definitivamente não está em nossas mãos.

Ainda estamos muito próximos da energia dos dois eclipses. Por isso devemos ver coisas de repente morrendo ou terminando e também muitas coisas começando e surgindo meio que do nada, tudo muito de repente. Eclipses têm essa qualidade repentina, elétrica e carregada. Mas esperemos que a conjunção Júpiter-Urano em Touro, um signo estável e definitivamente confiável, ajude a mitigar toda essa agitação e caos. Esse pode ser o respiro que queremos e precisamos.

A vida está muito animada, para dizer o mínimo. Vamos exercer nossos músculos de adaptabilidade e flexibilidade, gente. Vão ser muito úteis.

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