Vamos parar e admirar as flores?

Sem a proximidade de ângulos exatos entre planetas, o dia parece fraco de acontecimentos astrológicos. Mas isso não é exatamente verdade. Deixem-me mostrar o tudo que acontece no pano de fundo quando pensamos que nada acontece. Talvez seja hora de pararmos e admirarmos as flores…

Que tal simbolicamente sentirmos as lavandas? (Richard Rcsedi/Unsplash)

Nunca nada está parado no céu. As coisas se movem na profundidade, longe da superfície, especialmente quando o Sol está em Peixes, não é mesmo? Então devemos nos lembrar que estamos sob a influência de um Sol compassivo, espiritual, artístico e cheio de imaginação. É um momento anual de intuição, sensibilidade e empatia. Podemos tentar experimentar tudo isso no nosso dia a dia.

Ao mesmo tempo, já comentei aqui rapidamente que estamos para entrar na sombra pré-retrógrada de Mercúrio. O que isso quer dizer? Mercúrio vai entrar em movimento retrógrado e voltará aos graus que caminha em março. Sem sentirmos, podemos nos embananar na nossa comunicação ou ficarmos confusos em nossos pensamentos. Claro que não será tão crítico como na hora que Mercúrio andar para trás, mas é bom termos consciência: decisões tomadas nesses dias podem ser desfeitas adiante.

Também já estamos dentro da energia do eclipse lunar do fim do mês, pois eclipses têm efeitos que vão de um mês antes até seis meses depois do dia do fato. Na verdade, também já estamos dentro do eclipse solar de abril, o maior do ano. Devemos nos preparar para mudanças profundas e permanentes nos próximos meses. Essas são energias de longo prazo, que mexem no eixo Áries-Libra, ou seja, o eu individual versus o “nós” do outro relacional, não o “nós” coletivo.

Por falar em Áries, não é que a temporada ariana está a um passo de chegar a nós? Estamos a uma semana do equinócio de Áries, aquele que nos traz o outono, de temperaturas mais amenas e nítida sensação de preparação para um ciclo de dormência. Nosso ano letivo já começou há tempos, o Carnaval ficou para trás: é o começo do ano astrológico, herança dos astrólogos da Antiguidade do Hemisfério Norte, mas que continuam em nosso inconsciente coletivo. Um equilíbrio entre dia e noite se estabelece na Natureza e também buscamos este balanceamento em nossas vidas. Se bem que esse equinócio traz tudo, menos equilíbrio. Veremos mais adiante…

O momentoso mês de abril se aproxima

Parece que foi ontem que escrevi sobre muitos acontecimentos em marços, e estão mesmo entregando tudo, não é mesmo? Mas março é fichinha perto do mês que vem. Tem eclipse, tem energia de Áries e de Marte… Sempre na energia de preparação para o momentoso mês de abril (com outro baita eclipse), continua a lenta aproximação entre Júpiter e Urano em Touro, rumo à conjunção exata – mais um acontecimento para abril. Já mencionei um pouco sobre o início desse ciclo de mais ou menos 14 anos na Lua Nova de Peixes semana passada. Quando as energias do choque e da surpresa se unirem ao planeta da expansão e do reconhecimento, vamos virar algum tipo de chave coletiva e individual – escrevam isso em pedra, depois me cobrem. Mas hoje, especificamente hoje, dia 13, a noite nos traz uma conjunção Lua-Júpiter em Touro, por coincidência no grau 13.

Além disso, também hoje, temos um Grande Trígono de Terra, envolvendo Lua e Júpiter a 13 de Touro, e os planetas anões (asteroides ou KBOs, como queiram) Juno a 11º de Virgem e Ceres a 11º de Capricórnio. São dois asteroides (KBOs são Objetos do Cinturão de Kuiper, pela sigla em inglês) femininos. Lidar com a terra, com a mãe, com alimentos e saúde física e emocional será uma boa ideia para esses próximos dias. Vamos nos perguntar: o que ingerimos e digerimos em nossa comida, em nossas emoções e em nossos relacionamentos está nos fazendo bem, nutrindo nosso corpo e nossa alma?

Viram quanta coisa pode estar escondida num dia aparentemente despretensioso e parado? Podemos desfrutar de todas essas energias e ainda filosofar um pouco.

A frase que Shakespeare escreveu em Hamlet (e é erroneamente mencionada) profetiza: “Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha sua filosofia”. Nunca foi tão certa…

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